A Última Estrela

por Sammu

 

 


 

Introdução:

 

Como podes ver, a fic "A Última Estrela" tem vários capítulos mas não te acanhes pela sua extensão! Vai lendo aos poucos, não tentes ler tudo de uma vez e sobretudo lê com atenção para não te escapar nada! ^^

 

A fic "A Última Estrela" é uma história híbrida, ou seja dá continuação a factos que aconteceram tanto no anime como no manga e durante a sua leitura irás encontrar referencias passadas ao que aconteceu tanto no manga como no anime, por isso é melhor saber a história dos dois!

 


 

 

Capítulo 1: Pilot
 

Está frio, muito frio. É mais uma manhã gelada em Tóquio. Estamos em pleno Janeiro, a estação do frio e da neve. Lá fora, um manto de neve extensa cobre a cidade, dando-lhe um sentimento de esquecimento.

A rainha Serenidade acordou sobressaltada. Algo não batia certo. Lembrou-se da última vez em que sentiu o mesmo, há muitos anos atrás. Dessa vez, um ataque massivo vindo de Nemésis havia morto os habitantes de Cristal Tóquio, colocando-a num sono parecido com a morte. Mas não poderia ser. Nemésis e a Lua Negra haviam sido destruídos.
Caminhou pelos corredores do Palácio de Cristal. A sua filha Chibi-Usa, futura herdeira do trono, agora uma bela adolescente, dormia pacificamente no seu quarto. Dirigiu-se então para o quarto da lua crescente. Neste quarto, repousam muitos dos artefactos do Reino da Lua, do passado e do presente. No centro da majestosa habitação está um pedestal adornado a prata. Um cristal brilha intensamente semelhante a uma chama branca, com um brilho tão intenso que quase cega a rainha. A rainha pega no Cristal Prateado e num velho alfinete em forma de coração.
Com silenciosos e pesados passos, segue até ao fim do palácio, para uma porta escondida nas profundezas da escuridão. Abre-a.

- Plutão, chegou a hora.
 
Entretanto, no passado.

PipiPipiPipiPipiPipiPipiPipi


- Ahhhhhhhh! Estúpido despertador! - gritou irritada dando um murro no botão que parava o alarme. ODEIO ter aulas da parte da manhã! Bah, eu falto à universidade, ehehe! -disse voltando a deitar-se.

- Bunny Tsukino, sua lontra. Tens de me levar à escola, acorda! - berrou o seu irmão Chico irrompendo pelo quarto.

- Chico, deixa-me dormir, não me chateies!

- Ò MÃE!! A TUA FILHA QUER-ME DEIXAR A PÉ!

- Cala-te Chico! Já vou, bolas…!

Bunny veste-se e desce as escadas para tomar o pequeno-almoço. A mãe de Bunny havia feito umas panquecas deliciosas.

- Bunny, o teu irmão vai chegar atrasado outra vez por tua causa.

- Ele que vá de autocarro!

- O teu pai e eu demos-te o carro com a condição de o levares à escola. Fica a caminho da tua universidade, não custa nada!

- Está bem, está bem… Deixa-me acabar de comer estas delícias! Ai que bom! Sinto que nasci só para provar estas comidinhas deliciosas! Que felicidade!

Na TV, que estava ligada no noticiário matinal, ouvia-se a voz do pivôt-«Em outras notícias, a princesa Célia I, herdeira do trono real inglês, após muitos confrontos com o seu pai, Sua majestade Carlos XVI, devido a razões desconhecidas, renunciou ao trono e desapareceu do país, a coroa inglesa atravessa uma cris…»

- Ò mãe! Desliga a TV! Onde já se viu, renunciar ao título de princesa disse Bunny agora sussurando- ser uma princesa não é um conto de fadas. Traz responsabilidade e… Ah, detesto pensar tanto logo de manhã!

- Disseste alguma coisa filha?

- Nada mãe, esquece. Deixa-me ver as horas… 7:40? Ahhh!! - gritou Bunny engolindo a última panqueca e saindo atabalhoadamente. Vamos Chico!

- Não importa quantos anos passem, a minha filha não muda nunca!

Bunny, agora com 20 anos, estudava na Universidade de Juuban. Estudava Ciências Políticas. Sabia que o seu destino era tornar-se rainha de Cristal Tóquio, logo, teria de ser diplomática – claro que o facto de ter acabado a secundária com média de 11 e não ter conseguido entrar noutro curso não tinha nada haver. Uma das suas colegas de curso era Bertierite, uma das antigas irmãs da caça da Lua Negra. As Irmãs da Caça haviam tido muito sucesso com a sua loja de cosméticos e Bertierite estava a estudar para ser relações públicas.

Depois de um dia de aulas, Bunny conduziu até ao templo Hikawa para o encontro semanal com as restantes.

O templo Hikawa estava mais popular que nunca. O avô da Rita trabalhava agora em part-time, devido à sua idade e a Rita estudava para ser uma sacerdotisa de nível superior, ao mesmo tempo que tomava conta do templo.

Tinha feito algumas alterações ao templo, o bosque à volta do edifício fora remodelado, e era agora um belo parque, chamado “Mars Shrine”. O novo sistema de metro de Tóquio tinha uma estação mesmo em frente ao templo, o que facilitava imenso os acessos. Rita estava a preparar um festival de talento há várias semanas. O festival, a realizar no dia seguinte, consistia num concurso de talentps, onde cada pessoa poderia fazer algo a que fosse boa. Havia muito trabalho a fazer.

-Cheguei! Desculpem o atraso! - disse Bunny ofegante chegando ao pátio do templo.

- Seria uma surpresa se não chegasses atrasada. - replicou amargamente uma rapariga de cabelos negros.

- Ò Rita! Que mau humor!

- Ela está assim porque o Fernando foi visitar os pais e deixou-a sozinha! - disse divertida uma rapariga loira que envergava um top e uma mini-saia.

- Joana cala-te!

- Pois pois… O Gonçalo também está nos EUA há três anos e eu não fico assim. - respondeu alegremente. A Maria?

- Não vai poder vir. Desde que abriu aquele restaurante não tem tempo para nada.

- Mas por outro lado agora temos montes de comida grátis!

- A questão é que agora temos de organizar isto. - disse Rita olhando para o relógio de pulso. Vamos ao trabalho?

Enquanto organizavam e decoravam o templo e o parque, as raparigas iam falando.

- As coisas mudaram tanto…

- É verdade. Por um lado temos paz, mas por outro…

- Por outro podemos seguir os nossos sonhos. Já viram onde eu cheguei?

- A lado nenhum! Ainda só estás a fazer de figurante na série do canal de menor audiência de todo o Japão! - disse Rita num tom de gozo.

- Mas em breve chegarei a actriz principal! Viverei em Hollywood rodeada de paparazzi! Ninguém para a Joana Lima!

- Eu estava a falar da nossa amizade – esclareceu Bunny. A Ami finalmente foi para a Alemanha para estudar medicina, está no outro lado do mundo. A Maria praticamente não tem tempo para conviver connosco. Ainda bem que tu não fazes muita falta nessa série Joana, senão nunca te víamos também.

- Vocês não apreciam o meu talento... – disse Joana com o orgulho ferido.

- Não é nada disso! Tu entendes o que quero dizer! – desculpu-se Bunny levando a mão à cabeça. A Mariana e a Haruka desapareceram sem deixar rasto quando eu venci o Caos. A Susana voltou para o portão do tempo. O Prof. Tomoe mudou-se com a Octávia para outra parte do Japão…

- Bunny o teu carro...! – interrompeu Rita.

- A Chibi-Usa voltou para o futuro, as Starlights nunca mais mandaram notícias, a Diana – continuou Bunny fingindo não ouvir Rita.

- Acabaste de ser multada. - disse Rita normalmente.

- AAHHH!! - gritou Bunny indignada olhando para o seu carri estacionado em frente ao templo, metros abaixo. Porque é que não me avisaste Rita?!

- Bem tentei, mas não te calavas. Mas também se és estúpida o suficiente para estacionar em dois lugares de deficiente mereces ser multada – observou Rita num tom autoritário.

- Era só o que me faltava… -disse Bunny envergonhada.

- Meninas, que tal irmos agora jantar no restaurante da Maria?

- Boa, vamos!

- Só mesmo a Bunny para se esquecer dos problemas com comida…

Dirigiram-se para o restaurante da Maria: Makoto’s Flavour Shrine

- Boa noite meninas!

- Olá Mário! – responderam todas

- Querem que chame a Maria?

- Sim, por favor!

- A Maria teve mesmo sorte em abrir o restaurante em sociedade com o Mário. - sussurou Bunny mirando Mário de alto a baixo. Olá Maria! - saudou vendo a amiga.

- Olá olá Bunny. Tudo bem com vocês?

- Tudo. Olha Maria, quero uma lasanha de carne a nadar em queijo derretido!

- Para mim pode ser uma pizza vegetariana.

- Que prato é este que está no menu, Maria?

- Como sabes o meu restaurante é famoso por servir pratos típicos de vários países e cidades, e a novidade desta semana é um prato típico da cidade do Porto da região norte de Portugal. Chama-se francesinha. Consiste em pão com bife, fiambre, queijo, linguiça, ovo, tudo coberto por uma camada de queijo derretido com molho picante.

- Hummm! Parece bom, pode ser uma francesinha para mim então!

- Certo. Depois de acabarem de comer venham ali à cozinha, preciso de falar com vocês.

Depois do jantar – em que a Bunny sujou-se toda de molho- dirigem-se à cozinha do restaurante.

- Que se passa?

- Já aconteceu comigo. Não consigo.

- Não pode ser…

- Então todas nós…?

- Já não nos conseguimos transformar. As navegantes deixaram de existir.

 


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